O dia do Trabalhador, eis um feriado que se justifica, ZD ousa mesmo sugerir que uma semana também se justificaria.
Curiosamente o Trabalhador - escravo do capitalismo, das ditaduras, dos fundamentalismos - não festeja o seu dia, não aproveita para dormir até mais tarde, almoçar com a família, passear, cultivar a ociosidade reprimida. O Trabalhador sai para a rua e protesta. Não reivindica melhores condições de trabalho, melhor remuneração, reconhecimento do seu valor social. O Trabalhador sai para a rua e integra manifestações organizadas não sabe bem por quem. Incapaz de se reconhecer indivíduo, marcha e segue as instruções do homem do megafone e chega ao final do dia do Trabalhador cansado de mais uma jornada que se esgota.