Quarta-feira, 8 de Novembro de 2006
O topo dos topos
Invectivado a propósito das quotas para acesso ao topo da carreira, o senhor José Sócrates evidenciou uma vez mais não viver na galáxia portuguesa.
Pedagogicamente Sócrates falou de um país onde apenas os melhores diplomatas chegam a embaixador, os melhores funcionários a director geral, não de um país onde estes assuntos se resolvem com base num acentuado compadrio, em função das relações com a força política dominante e da submissão a este medíocre poder político que manda e desmanda ao sabor das marés.
Sócrates decerto ignora que os melhores há muito perderam a paciência e se esconderam no seio do privado, renegando o estado e a incompetência que o governa.
Aliás, o princípio dos melhores para os melhores postos não se aplica na esfera da política. Ou será Sócrates o melhor dos melhores?