A ameaça de chuva e o frenesim pascal temperam a semana. O rouxinol foi capturado, os octogenários tentam recuperar das emoções da apresentação do programa de governo e ZD vai ensaiar a conclusão da leitura do romance "O Vento Assobiando nas Gruas" em terras alpinas.
Estes dias de Março que correm na pele quente e seca têm um sabor delicado. Correm esguios e desenham crepúsculos suaves. Na explosão da magnólia sente-se o cheiro da pólvora e o rio impudicamente não esconde o leito.
O chicote da rotina profissional tem castigado severamente ZD. Com a inspiração seca, mas sempre inconformado, o brilhante espadachim afia a espada para quatro ataques (o ataque é o melhor ataque). O tratamento estatístico do sofrimento humano não merece hesitações.
Atordoado por este frio polar, dedos enregelados, ZD é confrontado com a injustiça, engenho potencialmente gerador de mais ou menos subtis mutações de personalidade. O teor altamente abstracto da injustiça provoca distintas concretizações do seu significado. No entanto, não raramente surge a revolta. A explosão desta energia poderá condicionar o dia depois de ontem. A implosão origina calorosas discussões de café e aumenta substancialmente o consumo de cerveja.