Covadonga: Os Picos da Europa são uma área de 64 660 hectares, entre as Astúrias, Léon e a Cantábria. ZD sobe aos lagos de Covadonga e fica siderado (talvez efeito secundário da sidra bebida em Oviedo) com a imponência deste maciço montanhoso, onde as vacas e respectivo excremento são improváveis companheiros nesta experiência. No regresso ao sopé, surge a hospitalidade de Cangas de Onis, localidade onde se implementou o simpático gesto de agradecer a tradução de uma ementa com sidra e licor (receita para curar a vertigem dos picos).
D.C.: Santander, a leste do paraíso montanhoso, marca o reencontro com o oceano, com os parques de estacionamento e com a comida italiana. Segue-se o país basco. Encontrar onde acampar no mês de Agosto não é tarefa fácil. Gorliz é a praia disponível, Bilbo (Bilbao em castelhano) não fica muito distante.
Pela estrada fora, ZD saiu de Aveiro e rumou ao país basco.
Não, não foi uma viagem de índole espiritual ou embebida no espírito beatnick, somente uma breve viagem de férias que levou ZD ao norte de Espanha e propiciou o grandioso confronto com os Picos da Europa nos lagos de Covadonga. Portanto, para melhor organização destes artigos, reconheça-se os dois momentos desta road trip: a.c. (antes de Covadonga) e d.c. (depois de Covadonga).
A.C.: Primeira paragem - Chaves, a ponte romana, os tapa-braços (esboços de casacos), o imponente castelo e (ponto alto) as tripas à moda trasmontana. Segue-se para Léon, após a aridez dos terrenos, surgem os subúrbios urbanos sombrios. À aproximação ao centro corresponde a transfiguração da cidade, as calles acolhedoras, os edifícios históricos, as fachadas imponentes e a majestosa catedral. À noite, as tapas, o cecina, o rioja (Léon é uma cidade onde se deve beber vinho), a música espanhola e a caña (sempre a descer). Rumo às Astúrias surge a montanha e as vacas. Em Oviedo, cidade extremamente agradável, prova-se a sidra e a favada. As cascatas de sidra (das garrafas para os copos) dominam os restaurantes. Quando o copo de sidra surge na mesa, bebe-se de um trago (única forma de não a saborear). De novo na estrada, segue-se para Cangas de Onis, no sopé dos Picos da Europa, e acampa-se em Covadonga.
Agosto aproxima-se do fim e o vaticínio de um verão escaldante remoinha neste vento frio que invadiu o litoral e convida ZD a passar a tarde em local abrigado, propiciando o regresso à faina blogueira.
Entre Amesterdão, Aveiro e o norte de Espanha evaporaram-se as férias e resta agora o precipício de mais um ano de rotinas.
Mudança de parágrafo para evitar lamúrias, afinal ZD terá sempre Amesterdão. A capital dos Países Baixos é uma aventura imperdível, uma cidade onde a história convive com um espírito liberal e progressista.
Em Amesterdão impõe-se a bicicleta. As bicicletas que circulam nas ruas, as bicicletas amontoadas nos parques de estacionamento, as bicicletas penduradas nos canais. Também em Amesterdão, em frente à Central Station, surge o humor e a simpatia do condutor do eléctrico repleto de turistas.
No centro de Amesterdão, os canais, os edifícios históricos, as igrejas, os museus, as coffeeshops, as smartshops, as vitrinas, as straats e as pleins são uma descoberta permanente, a pé, de bicicleta, de eléctrico ou de barco, e o Van Gogh Museum, o Rijksmuseum, a Heineken Experience, o Vondel Park e a Leidsplein são momentos incontornáveis nesta descoberta.