O ano é de eleições - urge concluir as obras mais vistosas, travar as manifestações, gerir as sondagens, anunciar investimento público e colar a criação de postos de trabalho, relevar a aparência e esquecer a realidade.
Carregando o fardo embaraçoso das mentiras (a licenciatura, as plantas, as luvas...), o menino de ouro do PS, aparentando a fiabilidade de um Magalhães, anseia pelo dia das verdades.
Entretanto, e pese-se a actualidade de palavras escritas por Eduardo Lourenço em 1976, o País desce «vertiginosamente a colina festiva da demagogia mais sinistra».