A febre de sábado à noite em Glasgow é temperada por vigorosos acordes de guitarra eléctrica distorcida, por moças que ainda se vestem como a Madonna de Like a virgin e pelo movimento intenso à porta dos pubs e dos clubs da Sauchiehall Street. Para recuperar da febre, no domingo, impõe-se um pequeno-almoço com substância (ovo estrelado, salsicha, bacon, feijões e muito café).
Glasgow calcorreia-se ao sabor do intermitente clima britânico. Pontuado pelo abrir e fechar do guarda-chuva, o percurso não deixa de surpreender - City's Chambers, a Catedral, a Necropolis, a provocante Gallery of Modern Art, as universidades, o surpreendente Kelvingrove Art Gallery and Museum, os calorosos pubs, a abundante cerveja.
Ao lado de Glasgow encontra-se o Pollok Country Park e no seio do verde a fascinante Burrell Collection e a Pollok House. Também não muito afastado de Glasgow, o fulgurante Loch Lomond, um aglomerado de água que desafia o verde circundante, o Trossachs National Park, janela impressionante para as highlands, e o Castelo de Stirling, que respira a história escocesa.
Em Edimburgo a respiração da história adensa-se. De um lado, o frenesim da Prince's Street e das lojas, as ruas esventradas por obras, os distintos ritmos dos edimburgueses e dos turistas, as pints retemperadoras no Scottish Favourites, o som das bagpipes, a riqueza da colecção da National Gallery of Scotland, o Castelo abrangido na distância; do outro, o assombro que acompanha o percurso da Royal Mile, a vibração da história na milha que separa a Holyroodhouse do Castelo de Edimburgo, clímax enraizado na pedra.
A sudeste de Edimburgo, a Glenkinchie Distillery, onde o cereal, por intervenção das divindades gaélicas, é transfigurado em néctar cristalino.
Farewell, and may we meet again.