Sexta-feira, 6 de Janeiro de 2012
Colheita de 2011 - adendas
Já corre 2012 e uma espécie de esquizofrenia - ditada pelos portugueses que saem para Holanda e pelos chineses que chegam - parece insinuar-se na doença que nos corrói. A ZD ainda se impõe a revisão de 2011:
- No universo musical, deixámos a Inglaterra abanar, desejámos que todos fossem tão maus como Tom Waits, acreditando que ele e Keith Richards eram as últimas folhas na árvore e fizemo-nos ao caminho, ou seja, obras vintage de PJ Harvey - Let England shake -, Tom Waits - Bad as me - e The Black Keys - El camino. O resto foi paisagem. Ao vivo, apesar do pó, ZD confirmou no Meco o fôlego dos Arcade Fire e o génio dos Portishead, ancorado na voz única de Beth Gibbons.
- Pelos caminhos da sétima arte, ZD confirmou a crescente aproximação à obra de Robert Rodriguez com o excelente Machete (http://www.youtube.com/watch?v=I16020r--oM) e dos irmãos Coen com True Grit, onde encontramos um brilhante Jeff Bridges (http://www.youtube.com/watch?v=CUiCu-zuAgM) - filmes que evidenciaram a pala num olho como objeto da moda do século XXI. David Fincher com The Social Network e Woody Allen com Midnight in Paris acrescentaram mais um relevante capítulo a obras fundamentais da cinefilia.
- Nos últimos dias de 2011, os deuses favoreceram ZD com a prova de néctares tintos - o Reserva do Comendador da Adega Mayor (2007, se não me engano), o Quanta Terra Grande Reserva 2008, o CARM Grande Reserva 2008 e o Chryseia 2007 - e brancos - Grainha Reserva 2010 e Quinta da Pedra Escrita 2010.