Sexta-feira, 16 de Maio de 2014
2 breves notas (ainda a ressaca de Turim)
1. A noite de quarta-feira foi pontuada pela incompetência. A incompetência da equipa do Benfica, incapaz de se equilibrar após a saída Sulejmani, de explorar as fragilidades defensivas do Sevilha, de concluir com acerto as oportunidades criadas. A incompetência de uma equipa de arbitragem, que fechou os olhos quando a bola se aproximava da baliza do Sevilha.
2. Na ressaca de Turim, percebemos que na extremidade ocidental da Península Ibérica se aguçavam as facas e nas redes sociais celebraram-se as imagens do Marquês vazio e do JJ a conduzir um trator carregado de melancias. Uma vez mais no mês de maio o Benfica transfigura-se na anedota preferida dos portugueses - há um ano o minuto 92, este ano a maldição do húngaro. Entretanto, o SCP vangloria-se de nesta temporada europeia não ter sofrido qualquer derrota e o FCP congratula-se pela categórica forma como impulsionou o Sevilha para a final de Turim.
Sexta-feira, 9 de Maio de 2014
As diferenças que permitem (con)vencer
Três anos nos separam do último campeonato celebrado e parece que foi uma eternidade. Humilhados pelo Porto de Villas-Boas, incapazes de confirmar a nossa superioridade perante o Porto de Vítor Pereira, também eu me incluo nos descrentes em relação à continuidade de JJ no início da presente época. No momento da festa, penitencio-me pela falta de fé. No entanto, permito-me relevar as diferenças que marcaram a diferença este ano:
- Oblak é efetivamente uma mais-valia entre os postes - longilíneo e sóbrio, joga contra o Arouca como contra a Juventus, agarra o que tem de agarrar, rápido a sair de entre os postes, pouco dado a inventar, eventualmente o nosso melhor guarda-redes desde Preud'homme (que não chegou a ser campeão).
- Luisão e Garay estiveram num grau superlativo, a defender e a atacar, beneficiando de um meio-campo mais próximo da linha defensiva, tiveram menos espaço nas suas costas e domaram mesmo os avançados mais selvagens.
- Enzo Perez é uma máquina, em jeito de concertina uniu e estendeu a equipa, acelerou e travou, foi 6, 8 e 10.
- Gaitan e Markovic foram a magia, imprevisíveis, asseguraram a manutenção da nota artística.
- Rodrigo e Lima resolveram.
Que a festa continue.