A amargura de ZD, caro Beterraba, é moderada, embora as manhãs de domingo não sejam propriamente doces, e a ironia de Mea culpa resulta de alguma experiência nos meandros da educação.
A questão central será a mediania de uma sociedade que se deleita com a degradação da imagem do professor, acreditando que o novo estatuto da carreira docente será uma lufada de ar fresco no sistema educativo. O mais importante na avaliação de qualquer profissão é saber distinguir o mérito do oportunismo, e isso não é garantido por este novo estatuto.
Mas avancemos, e aí, de acordo, o professor é apenas uma das questões do sistema educativo e a nossa ministra acordou agora para a questão do aluno e respectivo estatuto. Mais uma vez foi necessário o alarido da comunicação social para o governo se aperceber que há educação para além dos professores e o clima de muitas escolas é insustentável, surgindo amiúde os alunos não como fulcro do processo pedagógico mas como ameaça à integridade física de professores e auxiliares educativos. A ministra reagiu a reboque das últimas notícias e apontou a necessidade de remendar o estatuto do aluno. Ou seja, tal como na questão da TLEBS (é proveitoso conhecer o significado destas siglas manhosas), o ministério da educação está mais atento à comunicação social do que à realidade das escolas.