Agradado com as convulsões internas dos partidos do centro-direita, Sócrates segue imperial, com uma substancial parte da sociedade portuguesa rendida à sua indómita acção reformista.
As semanas sucedem-se. A comunicação social dá conta dos relatórios desfavoráveis (convenientemente esquecidos numa gaveta qualquer) à construção do novo aeroporto na Ota, Sócrates esconde-se. A comunicação social noticia que o défice fica abaixo das expectativas do governo, Sócrates surge e empalidece a realidade circundante com o seu sorriso e o discurso da confiança.
Sócrates, um primeiro-ministro arrojado, ou Sócrates, mais um primeiro-ministro que manifesta insuficiente preparação para governar um país onde todos se querem governar? ZD acredita que o facto de Sócrates abrir algumas janelas não garante o afastamento do cheiro a mofo em São Bento.
Sócrates cumpre um desígnio, ele, que já tem o seu nome gravado no processo de co-incineração e no Euro 2004, tem uma visão para Portugal que na essência passa pela construção de um novo aeroporto.