ZD regressou alive mas ligeiramente ressacado do festival de Oeiras neste fim de semana.
Apesar da relativa ansiedade, o embarque no pendular em Aveiro decorreu com normalidade e após uma garrafa de rosé e três de tinto (com a surpresa da Quinta dos Aciprestes) surgiu a companhia do Tejo, havendo tempo ainda para quatro latas de cerveja e uma amostra de vinho tinto de Cantanhede.
O teor de álcool foi atenuado pelo percurso que restava da gare do Oriente até Algés. Depois da confirmação que os pastéis de Belém mantêm a sua fama, a chegada ao recinto do festival Alive. Tudo calmo, tudo sereno.
Os concertos da tarde não foram mais do que a banda sonora enquanto se aguardava os pratos principais. A brisa do Tejo e a imperial combatiam o calor que se fazia sentir. A acumulação de forças era necessária.
Mal a noite caiu, as luzes do palco escureceram e celebrou-se o rock'n'roll. A santíssima trindade reduzida a guitarra e bateria. De um lado Meg imperturbável, lembrando Julieta na varanda da mansão dos Capuleto, do outro Jack, o incansável e improvável Romeu. The White Stripes dispararam mas o sentido era único - rock'n'roll puro, duro, mais ou menos acelerado. O final do concerto foi fulgurante, o órgão the Doorbell e a guitarra de Seven Nation Army não deixaram espaço para possível resistência.
O cansaço começava a ganhar pontos, contudo o regresso de Billy Corgan era também acontecimento relevante. A cerimónia iniciou-se com Today, a multidão aglomerou-se e o sacerdote mostrou-se em forma, revisitando o passado que se tornou presente e marcando com a sua singular voz uma presença forte neste festival.
Diz a organização que para o ano há mais. ZD espera regressar a Oeiras, mas talvez duas garrafas de tinto sejam suficientes para lá chegar.