Nestes dias de Setembro que correm, ZD descobriu uma nova vocação: colar códigos de barras.
É verdadeiramente sedutor o silêncio de uma biblioteca numa escola secundária, enquanto se descola códigos de barras autocolantes e alguém pergunta com enfado Será que Deus existe?, referindo-se à obra que se segue na pilha de livros por codificar.
Como diz o estimado Bernardo Soares, A vulgaridade é um lar.
No entanto, fora da biblioteca, por incrível que pareça, a vida continua.
O nosso primeiro-ministro socialista distribui computadores, promove o jogging na Casa Branca, persegue sindicalistas e ganha debates parlamentares. Fantástico.
O nosso seleccionador nacional empata nos jogos decisivos, agride o jogador sérvio Dragutinovic (Scolari nunca gostou muito de dragões e afins), inventa histórias e recorre do castigo lisonjeiro da UEFA. Picaresco.
José Mourinho traz os bolsos bem cheios de libras do Chelsea e há quem lamente a sua saída. Burlesco.
As nossas sete equipas nas competições da UEFA apresentam como saldo desta semana seis derrotas e um empate. Revelador.
Resta esperar pela vindima, à falta de quantidade surja a qualidade.
Dois recados finais:
Roque Santa Cruz - É boa essa preocupação com a falta de coerência do Benfica e com o improvável sucesso do Orelhas e do Gaspacho, mas parece que existem problemas mais prementes no futebol português como, por exemplo, o batatal de Alvalade.
Beterraba - Sugestão para outro inquérito n' O triunfo dos porcos:
Quem vai distribuir mais computadores este ano? A - Maria de Lurdes Rodrigues; B - José Sócrates; C - Valentim Loureiro; D - Robert Mugabe.