O fim de semana reserva-nos dois embates promissores.
O primeiro tem nos cantos do ringue Marques Mendes e Luís Filipe Menezes - o título é a liderança do PSD e adivinha-se uma intensidade próxima de um célebre combate entre Evander Holyfield e Mike Tyson. Os últimos dias revelaram um profundo mal estar no interior do partido e parece evidente que nenhum dos candidatos apresenta condições para unir os militantes. Luís Filipe Menezes, com a sua conhecida graciosidade de hipopótamo, expôs a fractura e contribui para a felicidade de José Sócrates. Marques Mendes não conseguiu nos últimos anos tornar-se incontornável na oposição ao actual governo e o rótulo de líder de transição surge com alguma insistência. Sexta à noite ver-se-á quem cospe o bocado de orelha do adversário e quem fica encarregue de erguer os escombros de uma oposição excessivamente necessária.
Sábado, no início da noite, surgem os rivais da segunda circular. Lutam por um lugar no primeiro vagão, incapazes de seguir a locomotiva de Jesualdo Ferreira. Camacho e Paulo Bento decerto não se queimarão no final do jogo, mas um deles arrisca-se a ficar chamuscado.