Condenado à luta pelo segundo lugar (o fim de semana que passou não alterou os dados da principal competição do futebol português), o Benfica teve ontem o seu clímax no mercado de transferências de Janeiro: Makukula.
Avançado de 26 anos, compleição física assinalável, boa movimentação na frente de ataque, engodo pela baliza, alegria africana, passaporte português (reparem no domínio revelado por ZD neste parágrafo do futebolês, esse manancial de expressões que as sumidades da análise futebolística ostentam).
Makukula será um reforço, mas, tal como Moretto ou Derlei em anos anteriores, não será a panaceia (ZD em grande forma) para as enfermidades de que padece o Benfica de Camacho. Dificilmente acontecerá o convívio na frente de ataque de Cardozo e Makukula e será demasiado cedo para condenar definitivamente Nuno Gomes ao banco (de Mantorras nem vale a pena falar).
Camacho continuará a falar da bola que entra ou não entra. Os adeptos benfiquistas continuarão a sentir uma angústia crescente perante as variações de humor da equipa, convictos que o verdadeiro reforço de Inverno apenas poderia ser o saudoso Simão Sabrosa, a pedra angular do Benfica nos últimos anos, que não pode ser substituída.