Segunda-feira, 17 de Novembro de 2008
Triste Maria de Lurdes versus Manuel Alegre
- Entre a inexistência de uma política educativa, a inflexibilidade típica do autocratismo socrático, um modelo de avaliação insustentável, os ovos, o desespero revelado na sugestão de instrumentalização dos alunos por parte dos professores, a disponibilidade para alterar o modelo de avaliação, resta uma jangada à deriva onde se encontra Maria de Lurdes, os subservientes secretários e o primeiro-ministro (em jeito de Wally). Está desculpada, senhora ministra, demita-se.
- Manuel Alegre, neste deserto político português, é um assomo de lucidez e independência, uma voz que ainda não foi formatada pela embriaguez do poder no partido socialista, um corpo ainda não contaminado pelo panglossiano vírus socrático:
Vi minha pátria parada
à beira de um rio triste.
«Trova do Vento que Passa»
De Anónimo a 17 de Novembro de 2008 às 16:18
De Beterraba:
1º a tristeza
A verdade é que ninguém (opinião pública em geral) tem conhecimento do que se está a passar.
A ministra não consegue explicar o modelo, os professores só conseguem dizer que não concordam e os dirigentes sindicais... bem, nem vale a pena ir por aí.
A única coisa que se sabe é que professores e a ministra não se entendem quanto à implementação de um modelo de avaliação. Acreditem, apenas isto. Perguntem às pessoas que vos rodeiam, incluindo amigos e colegas professores, e tirem as vossas conclusões.
Há no entanto um sinal positivo:
as greves marcadas, tão a propósito, em vésperas de feriado ou a propiciar fins de semana prolongados, deram lugar a manifestações ao Sábado.
PS: Não pode ser só coincidência - invariavelmente nas reportagens dos meios de comunicação, são interpelados professores que não sabem falar nem sabem do que falam. No último sábado até apareceu um garrafão de vinho...
Indo desde já de encontro ao argumento (verdadeiro) de que em qualquer profissão “há de tudo”, e estatisticamente falando, a aleatoriedade no contacto garantiria que, de vez quando, apareceria alguém que saberia transmitir o que andava ali a fazer. Acrescento apenas que a aleatoriedade não funciona quando a distribuição é desproporcional.
De Anónimo a 17 de Novembro de 2008 às 16:42
2º A Indiferença
Há de facto pessoas que, independentemente da sua origem ideológica e política nos cativam. É uma questão de personalidade, coerência, capacidade de defender e lutar por ideais. Pessoas como Adriano Moreira (CDS), Álvaro Cunhal (PCP) ou o referido Manuel Alegre (curiosamente não me ocorre ninguém com este estatuto de “senador da nação” ligado ao PSD, mas deve haver por aí algum).
O “pecado” de Manuel Alegre foi ter confundido os movimentos eleitorais: a base de apoio a que se refere para justificar as opções que toma provém das eleições à Presidência da República. Inferir que um milhão de pessoas que votaram nele para Belém o querem ver a fazer oposição ao governo pelo qual feito eleito deputado é, no mínimo, um abuso.
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