Este ano de 2005 tem tido contornos de uma verdadeira tragédia clássica e o desejável apaziguamento deste planeta tarda em chegar.
Nos últimos dias França ardeu, a irredutível França assaltada por aqueles que remeteu para uma espécie de limbo onde as opiniões se dividem: escumalha, desprotegidos, desordeiros, vítimas. Carros em chamas, polícias feridos, jovens impunes - os princípios dos estados ocidentais continuam em causa e a hesitação na estratégia a seguir pode ser um vírus incurável.
O nosso Portugal periférico interroga-se se será possível que as chamas cheguem às nossas cidades, enquanto debate o "responsável" orçamento para 2006.