Após a poluição sonora do fim de semana (com epicentro na estimada cidade de Espinho), nada como lavar os ouvidos com versos no rio Douro e desistir de vencer 2009 com versos do Cântico Negro, de José Régio, ressoando na irreverência possível:
«"Vem por aqui" - dizem-me alguns com os olhos doces
Estendendo-me os braços, e seguros
De que seria bom que eu os ouvisse
Quando me dizem: "vem por aqui!"
Eu olho-os com os olhos lassos,
(Há, nos olhos meus, ironias e cansaços)
E cruzo os braços,
E nunca vou por ali...»
Já há quatro anos que ZD anda por aqui. Entre as ironias e os cansaços, permanece a teimosia de não ir por ali.