ZD não viu, mas é possível que o jogo Eslováquia-Nova Zelândia (dois portentos do universo futebolístico) tenha sido o mais entusiasmante da jornada de ontem do Mundial 2010.
Considerar o grupo de Portugal o da morte é um dos frequentes exageros nestas lides. Mais ajustada será sem dúvida o grupo do tédio. Quatro equipas que colocam o ênfase do jogo nos processos defensivos e se sentem tremendamente confortáveis quando o adversário tem a bola (pois, por momentos, desaparece o terror de fazer um passe errado) são a negação do futebol enquanto jogo de risco: a finta, o drible, a abertura, o passe a rasgar, a desmarcação, o remate, enfim, a obsessão pela baliza do adversário.
Se houvesse nota artística, como diria o mestre Jesus, Portugal, Costa do Marfim, Brasil e Coreia do Norte teriam ontem deixado a África do Sul.